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O Céu e o Inferno, ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo (em língua francesa: Le Ciel et l’Enfer), é um livro espírita francês. Da codificação de Allan Kardec, foi publicado em Paris em 1º de agosto de 1865. É uma das obras básicas do espiritismo (Texto retirado da Wikipedia).
Fontes:
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A profissão militar é detentora de uma ética própria, baseada em quatro pilares tradicionais: o Sentimento do Dever, a Honra Pessoal, o Pundonor Militar e o Decoro da Classe. Esses pilares, bem como os atributos a eles orgânicos, encontram-se em concordância com aquilo que Alfred de Vigny explicitou tão bem em seu livro “Servidão e Grandeza Militares”, com todos os paradoxos ali relatados. Assim é que nossa profissão pode nos proporcionar momentos de singulares realizações pessoais no serviço da coletividade, em tempos de paz ou de guerra, mas pode também nos impor os maiores sacrifícios e atribulações em tempo de guerra, como, por exemplo, tirar a vida dos nossos inimigos.
A ética militar é, portanto, bastante complexa, na medida em que às bases da filosofia grega e dos princípios da Ética Cristã somam-se os princípios agregados pela Ética do Dever e pelo Utilitarismo dos filósofos britânicos. O pensamento kantiano, ao posicionar o cumprimento do dever como a mais alta das virtudes, alinha-se, de forma que talvez o próprio Kant não tivesse imaginado, ao Utilitarismo, que prega a busca do maior bem para o maior número de pessoas, e à Ética Militar, sintetizada no compromisso do soldado de defender a Pátria com o risco da própria vida. Não há novidade neste último ponto, uma vez que a existência do soldado se justifica pela sua prontidão em defender a Pátria, de armas na mão – o que, em última instância, em tempo de guerra, levará à perda de vidas humanas. Todavia, é evidente que esse raciocínio se choca frontalmente com alguns princípios da Ética Cristã, em particular no que se refere ao mandamento “Não Matarás”.
Há confissões religiosas em que tal conflito é percebido de forma mais assertiva e tido, de certo modo, como incontornável. Isso levou à inserção, no parágrafo 1º do artigo 143 da Constituição de 1988, de dispositivo destinado a atender a tais objeções de consciência em tempo de paz. De um modo ou de outro, o profissional das armas que meditar sobre os compromissos que assume ao incorporar-se às Forças Armadas sentirá o peso dessa aparente incoerência. Todos nós, militares, mais cedo ou mais tarde, passamos por esse momento.
De minha parte, a Doutrina Espírita exerceu papel decisivo na decisão que tomei de prosseguir na profissão militar após a conclusão do curso preparatório, uma vez que naquele momento o Espiritismo já embasava, em grande medida, a minha visão de mundo.
Posso dizer que a Doutrina Espírita, mediante o princípio da reencarnação, passou a representar para mim uma ponte entre a ética cristã e a ética militar. O conhecimento recém-adquirido, revelador da imortalidade do espírito sob um novo prisma, facultou-me o seguinte raciocínio: o serviço da Pátria impõe-me o dever do sacrifício da própria vida ou um outro, ainda maior, que é o de tirar a vida de meus semelhantes; se, por infelicidade, esta última hipótese vier a se concretizar, terei a confortar-me a certeza de que, em futuras reencarnações, surgirão oportunidades de resgatar esses atos praticados em prol de um bem maior.
Naquele ponto da caminhada, o Espiritismo já me havia levado a compreender, de maneira prática e descomplicada, como os princípios e valores que trazia do ambiente familiar encaixavam-se com perfeição no estilo de vida profissional militar. Já percebia com nitidez por que a responsabilidade precisa ter precedência sobre a liberdade; percebia a relevância do cuidado com o preparo próprio, da lealdade, da camaradagem, da dedicação integral e do espírito de sacrifício como fundamentos, tanto da vida na caserna quanto da vida em família.
Logo entendi que esses eram os pressupostos a serem atendidos para que eu, noite após noite, pudesse deitar a cabeça no travesseiro com a consciência de não apenas ter evitado a prática do mal, mas sobretudo de ter feito todo o bem possível. A noção de integridade, com todas as suas servidões, ganhava forma em meu modo de ser. Foi assim que a Doutrina Espírita veio, em grande medida, dar sentido à minha existência. Quase meio século transcorrido, percebo o quanto fui privilegiado em tê-la conhecido e abraçado tão cedo e em ter de algum modo contribuído para conservá-la viva nos corações e mentes de toda a nossa Família.
por Décio Luís Schons Cruzado 5418
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O tema “Médium, Mediunidade e Fenômeno Mediúnico” permaneceu por muito tempo na categoria dos assuntos frívolos, dos meros passatempos, das diversões. Por outro lado, gerava também uma percepção de algo “proibido”, de “sobrenatural”, de “contrário à Lei de Deus”.
A Doutrina Espírita trouxe luz, seriedade e entendimento ao investigar e estudar o assunto sob os fundamentos e princípios da ciência, sem perder de vista as decorrentes implicações filosóficas e religiosas.
A mensagem de Allan Kardec, na introdução do “Livro dos Médiuns”, alerta para a relevância das nossas relações com o “mundo espiritual”, bem como para suas implicações nas nossas vidas:
– “Dirigimo-nos aos que veem no Espiritismo um objetivo sério, que lhe compreendem toda a gravidade e não fazem das comunicações com o Mundo Invisível um passatempo”.
Recorremos novamente ao “Livro dos Médiuns” para entender o significado do termo médium e encontramos a definição de que médium é “toda pessoa que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos”.
Referindo-se à mediunidade a obra citada ainda esclarece que “essa faculdade é inerente ao homem e, por conseguinte, não constitui um privilégio exclusivo […] Pode-se, pois, dizer que todos são mais ou menos médiuns”.
Depreende-se das citações apresentadas que a Doutrina Espírita entende a faculdade mediúnica, ou seja, a mediunidade, como uma faculdade comum a todos os seres humanos. Todos nós somos “mais ou menos médiuns”, pois sentimos, em graus diferentes, a influência dos Espíritos. Todos somos médiuns em potencial.
O médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco ressalta que a mediunidade é uma faculdade de intercâmbio espiritual inerente ao Espírito, cuja manifestação é favorecida, em maior ou menor grau, por determinada predisposição orgânica e/ou perispiritual.
Podemos considerar que os denominados fenômenos intuitivos caracterizam a existência da mediunidade comum a todos os indivíduos, porém, embora significativos, não constituem a faculdade “ostensiva” dos chamados “médiuns ativos”.
Seguimos, na nossa reflexão, ainda com base nos conceitos contidos no “Livro dos Médiuns”, a respeito da mediunidade. Destacamos, porém, que “usualmente essa qualificação só se aplica àqueles em quem a faculdade se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade […]”
Podemos considerar como “efeitos patentes” os fenômenos mediúnicos, que variam em “intensidade” e que se mostram “bem caracterizados”.
Daí a Doutrina Espírita considerar médiuns “ativos” ou “ostensivos” aqueles que são capazes de intermediar, de forma mais “intensa”, ou seja, ” bem caracterizada”, a comunicação com o “Mundo Invisível” (Mundo Espiritual).
Nesse sentido, Kardec contou com a colaboração de diversos médiuns que, intermediando a comunicação com o “Mundo Invisível”, possibilitaram ao codificador receber as informações e os conhecimentos para sistematizar os fundamentos e princípios da Doutrina Espírita.
Fato inquestionável é que a Doutrina Espírita surgiu a partir das comprovações científicas dos fenômenos mediúnicos, se consolidou e segue disseminando sua ação consoladora e de divulgação da mensagem do Cristo por intermédio de inúmeros médiuns.
A observação de Kardec, expressa no “Livro dos Médiuns”, de que a mediunidade, também denominada por ele faculdade mediúnica, não se revela da mesma maneira em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta ou daquela ordem, de onde resulta que formam tantas variedades quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.”
O estudo e a educação da mediunidade e, consequentemente, a sua manifestação responsável nos fenômenos mediúnicos é tarefa inadiável de todos nós espíritas, que almejamos servir na Seara do Mestre. Paz em Cristo!
Paz em Cristo!
Por Moacir Wilson De Sá Ferreira
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