Estimados Irmãos Cruzados
É sob a inspiração do patrono de nossa Cruzada que estamos, neste instante, com os pensamentos e corações ligados em vibrações de fraternidade.
Maurício está a presidir nossa reunião chamando-nos mais uma vez, como tantas outras no passado, para com ele nos fazermos presentes ao campo de batalha.
Com bons soldados que procuramos ser, vencendo nossas milenares fraquezas e limitações, responderemos ao chamado.
Antes, velaremos nossas armas diante dos fogos dos acampamentos e faremos nossas orações votivas no interior das tendas de campanha.
E, ao romper da alva, envoltos em armaduras e malhas, estaremos marchando, prontos para o combate.
Mas é preciso, amados irmãos, que ouçamos e sintamos o chamado de agora com os ouvidos do espírito e os sentimentos do coração. Despojemo-nos das conotações materiais e busquemos o real significado do veemente apelo que o nosso capitão esta perseverantemente a nos fazer.
As nossas armas de hoje são o amor, o perdão e o serviço, a serem veladas, não em vigília contemplativa, mas no trabalho de todos os dias, na oração com obras e na vigilância sobre nós mesmos.
Os fogos dos acampamentos que afugentarão o frio de nossas incertezas são as chamas da fé, acesas em nossos corações, aquecendo nossas almas.
As novas tendas de campanha são os Núcleos da Cruzada: templos para as orações; hospitais para consolação dos aflitos do corpo e do espírito; oficinas para os trabalhadores de todas as horas; e escolas para as lições de fé racionada e de amor cristão.
O romper da alva é o renascer de cada dia diante de nós, encontrando-nos sempre prontos as renovadas lutas e para o revigoramento de nossa fé.
As armaduras e malhas hoje vestidas são a humildade e a resignação, protegendo-nos contra nós mesmos e trazendo-nos a paz interior que fortalece o espírito.
O combate a ser lutado é o bom combate contra nossas misérias e vilanias.
O campo de batalha onde exporemos nossa coragem e nossa fraqueza são os caminhos da vida pelos quais peregrinaremos, ao longo dos tempos, em incessantes lutas contra os inimigos que carregamos dentro de nós.
Entendamos queridos irmãos, o verdadeiro sentido do chamado de Maurício. Que tenhamos ¨Olhos para ver e ouvidos para escutar¨, mas, sobretudo, tenhamos coragem para atende-lo.
Que saibamos e possamos renunciar às facilidades que maleficamente nos são oferecidas e sigamos o nosso Comandante. Ele nos guia, com seu exemplo de fé esclarecida, para objetivos certos, fazendo com que, nos ínvios caminhos a percorrer, as dificuldades sejam mais estímulos do que empecilhos.
E, todos juntos, amparando-nos mutuamente, apoiados na mesma fé, seremos levados, pela brandura e energia do seu comando, à grande vitória.
Mas não esperemos retumbantes comemorações em ¨arcos de triunfo¨. O nosso heroísmo, ao vencermos a nós mesmos, será silencioso, com a serena alegria da prece e o recolhimento tranquilo, pois a ¨fé sincera e verdadeira é sempre calma¨.
Eis ai, caros irmãos, o chamado de Maurício que vem, em outro tom e com outras palavras, mas com a mesma tocante bondade, nos repetir, nesta oportunidade, o apelo amoroso do Divino Mestre: ¨Quem quiser caminhar nos meus passos, renuncie a si mesmo, tome a sua crua e siga-me¨.
Que Deus abençoe.
XXVI Semana Maurícia
Elaborada pelo Cruzado, Cel. Garrone Romão Velloso
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