Unificação – Parte 1

        O serviço de Unificação em nossas fileiras é urgente, mas não apressado. Uma afirmativa parece destruir a outra. Mas não é assim. É urgente porque define o objetivo a que devemos todos visar; mas não apressado, porquanto não nos compete violentar consciência alguma.

        Mantenhamos o propósito de irmanar, aproximar, confraternizar e compreender, e, se possível, estabeleçamos em cada lugar, onde o nome do Espiritismo apareça por legenda de luz, um grupo de estudo, ainda que reduzido, da Obra Kardequiana, à luz do Cristo de Deus.

        Nós que nos empenhamos carinhosamente a todos os tipos de realização respeitável que os nossos princípios nos oferecem, não podemos esquecer o trabalho do raciocínio claro para que a vida se nos povoe de estradas menos sombrias. Comparemos a nossa Doutrina Redentora a uma cidade metropolitana, com todas as exigências de conforto e progresso, paz e ordem. Indispensável a diligência no pão e no vestuário, na moradia e na defesa de todos; entretanto, não se pode olvidar o problema da luz. A luz foi sempre uma preocupação do homem, desde a hora da furna primeira. Antes de tudo, o fogo obtido por atrito, a lareira doméstica, a tocha, os lumes vinculados às resinas, a candeia e, nos tempos modernos, a força elétrica transformada em clarão.

        A Doutrina Espírita possui os seus aspectos essenciais em configuração tríplice. Que ninguém seja cerceado em seus anseios de construção e produção. Quem se afeiçoe à ciência que a cultive em sua dignidade, quem se devote à filosofia que lhe engrandeça os postulados e quem se consagre à religião que lhe divinize as aspirações, mas que a base kardequiana permaneça em tudo e todos, para que não venhamos a perder o equilíbrio sobre os alicerces e que se nos levanta a organização.

        Nenhuma hostilidade recíproca, nenhum desapreço a quem quer que seja. Acontece, porém, que temos necessidade de preservar os fundamentos espíritas, honrá-los e sublimá-los, senão acabaremos estranhos uns aos outros, ou então cadaverizados em arregimentações que nos mutilarão os melhores anseios, convertendo-nos o movimento de libertação numa seita estanque, encarcerada em novas interpretações e teologias, que nos acomodariam (…)

         Bezerra de Menezes

Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião da Comunhão Espírita  Cristã, em 20-4-1963, em Uberaba, MG. (Reformador – Dez/1975).

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25 de Agosto – Dia do Soldado

Dia do Soldado. Fonte de imagem: Exército Brasileiro

“Todos sabemos da influência política e social dos militares, sobretudo em países novos como o Brasil, Daí podemos ajuízar da importância que a arregimentação dos Militares Espíritas possa ter nessa esplêndida volta do Cristianismo às suas origens, tal qual é a Terceira Revelação, sob o signo evangélico ¨dar a DEUS o que é de DEUS e a CÉSAR o que é de CÉSAR¨, à luz que iluminou o sacrifício do CAPITÃO MAURÍCIO e de sua coorte. No caso particular das Forças Armadas do Brasil, é certo que se pode confiar em sua atuação no campo espiritual, em razão de sua própria , procedência, essa gente brasileira que do litoral Atlântico até os confins do continente sofre e espera por dias melhores, gente boa e generosa, crente e humilde, mesmo quando a adversidade a inclina para o crime ou a guerra a obriga a pegar as armas contra seus semelhantes, essa gente que, até por instinto, nunca ficou com CÉSAR quando devia estar com DEUS.”

Trecho da Mensagem Maurícia 006 de 1957, do Cruzado Marechal Mário.

Fonte: Exército Brasileiro e Ministério da Defesa.

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Duas realidades

            Nesse tempo de transição, ressalta-se a presença de duas realidades distintas nas profundezas do inconsciente do ser humano: – a realidade divina e a realidade humana.

             A primeira diz respeito a sua origem transcendental, por criação de Deus, composto de potências latentes, orientadas por atração – o tropismo divino – e prontas a atuar para seguir o caminho da redenção. Trata-se do “eu profundo”, do “eu cósmico”, da centelha divina que confirma a essência do ser humano e o leva, inevitavelmente, ao fatalismo da plenitude. “Vós sois Deuses”.

            A segunda considera arquivos de experiências passadas, com heranças atávicas, presentes na vida atual, algumas representadas por impulsos que afloram em ação repentina, de difícil desengajamento do comportamento pessoal.

            Uma representa a força diretora permanente, com objetivo definido de iluminação. A outra, passageira, impõe ilusões perturbadoras que dificultam a marcha ascensional.

            O mergulho no inconsciente e a criação do hábito da interiorização, como condição de melhor conhecer essas duas realidades, possibilitam ao indivíduo identificar e responder o que fazer, quando e como proceder diante de tão complexo momento de mudança em nosso planeta.

por José Lucas de Silva Cruzado 6294

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14 de Agosto – Homenagem ao dia dos Pais

        “Pensando em Deus, pensa igualmente nos homens, nossos irmãos.
Detém-te, de modo especial, na simpatia e no amparo possível, em favor daqueles que se fizerem pais ou tutores.

        As mães são sempre revelações angélicas de ternura, junto aos sonhos de cada filho, mas é preciso não esquecer que os pais também amam…

        Esse perdeu a juventude, carregando as responsabilidades do lar; aquele se entregou a pesados sacrifícios, apagando a si mesmo, para que os filhos se titulassem com brilho na cultura terrestre; outros se escravizaram a filhinhos doentes; muitos foram banidos do refúgio doméstico, às vezes, pelos próprios descendentes, exilados que se acham em recantos de imaginário repouso, por trazerem a cabeça branca por fora, e, em muitas ocasiões alquebrada por dentro, sob a carga de lembranças difíceis que conservam em relação aos infortúnios que atravessaram para que a família sobrevivesse, e, ainda outros renunciaram à felicidade própria, a fim de se converterem nos guardais da alegria e da segurança de filhos alheios!…

        Compadece-te de nossos irmãos, os homens, que não vacilaram em abraçar amargos compromissos, a benefício daqueles que lhes receberam os dons da vida.

Ainda mesmo aqueles que se transviaram ou enlouqueceram, sob a delinqüência, na maioria dos casos, nos merecem respeitoso apreço pelas nobres intenções que os fizeram cair.

        A vida comunitária, na Terra de hoje, instituiu datas de homenagens às profissões e pessoas.

        Lembrando isso, reconhecemos, por nós, que o Dia das Mães é o Dia do Amor, mas reconhecemos também que o Dia dos Pais é o Dia de Deus.”

Do livro “Seara de Fé”, Emmanuel, Francisco Cândido Xavier

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