Lei Divina ou Natural

“Que se deve entender por lei natural?

A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer, e ele só é infeliz quando dela se afasta.”

(O Livro dos Espíritos, questão 614)

Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec, formulou uma série de questões aos benfeitores espirituais sobre a Lei Divina ou natural.

As perguntas e respostas formam a “Parte Terceira” do Livro dos Espíritos, primeiro livro da Codificação Espírita, intitulada “Das leis morais”.

Kardec dividiu, didaticamente, as leis morais em 10 Leis: Adoração, Trabalho, Reprodução, Conservação, Destruição, Sociedade, Progresso, Igualdade, Liberdade, e, por fim, a de Justiça, Amor e Caridade.

Nesta série de artigos vamos destacar as principais ideias que constam da “Parte Terceira” deste verdadeiro tratado de Filosofia, Ciência e Religião que é o Livro dos Espíritos.

Eis as principais ideias da Lei Divina ou natural:

“Eterna e imutável como o próprio Deus.”

– “A harmonia que reina no universo material, como no universo moral, se funda em leis estabelecidas por Deus desde toda a eternidade.”

– “Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o autor de tudo.”

– “Todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Os homens de bem e os que se decidem a investigá-la são os que melhor a compreendem.”

– “A Lei Natural regula toda a condição humana e a humanidade se melhora à medida que amplia suas perspectivas de compreensão e aperfeiçoa-se no exercício dessa lei.”

Encerramos nossa reflexão com a questão 621 do Livro dos Espíritos:

– “Onde está escrita a lei de Deus?” pergunta Kardec.

“Na consciência”, respondem os benfeitores espirituais.

No próximo artigo vamos conhecer um pouco mais sobre a “Lei de Adoração”.

Por Moacir Wilson De Sá Ferreira

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Veja o próximo artigo – Lei de Adoração

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Lei de justiça, de amor e de caridade

“Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

(O Livro dos Espíritos, questão 886)

Chegamos ao final dessa série de posts que

destacaram as principais ideias das perguntas e respostas que formam a “Parte Terceira”, de o Livro dos Espíritos, intitulada “Das leis morais”.

Refletimos sobre as Leis de Adoração, do Trabalho, da Reprodução, de Conservação, de Destruição, de Sociedade, de Progresso, de Igualdade e de Liberdade.

Vamos à Lei de justiça, de amor e de caridade:

– “A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais.”

– “Disse o Cristo: Queira cada um para os outros o que quereria para si mesmo. No coração do homem imprimiu Deus a regra da verdadeira justiça, fazendo que cada um deseje ver respeitados os seus direitos.”

– “Tendo os homens formulado leis apropriadas a seus costumes e caracteres, elas estabeleceram direitos que podem ter variado, com o progresso das luzes.”

– “A vida social outorga direitos e impõe deveres recíprocos.”

– “O limite do direito que, com relação a si mesmo, reconhecer ao seu semelhante, em idênticas circunstâncias e reciprocamente.”

– “Os direitos naturais são os mesmos para todos os homens, desde os de condição mais humilde até os de posição mais elevada.”

– “Proibindo-nos que façamos aos outros o que não desejaríamos que nos fizessem, a lei de amor e de justiça nos proíbe, ipso facto, a aquisição de bens por quaisquer meios que lhe sejam contrários.”

– “O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejaríamos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.”

– “A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores.”

– “O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.”

– “Amar os inimigos é perdoar-lhes e lhes retribuir o mal com o bem.”

– “A verdadeira caridade é sempre bondosa e benévola; está tanto no ato, como na maneira por que é praticado.”

– “Amai-vos uns aos outros, eis toda a lei, lei divina, mediante a qual governa Deus os mundos.”

– “Sede indulgentes com os defeitos dos vossos semelhantes. Em vez de votardes desprezo à ignorância e ao vício, instruí os ignorantes e moralizai os viciados.”

Encerramos com a questão 879 do Livro dos Espíritos:

– “Qual seria o caráter do homem que praticasse a justiça em toda a sua pureza?

O do verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porquanto praticaria também o amor do próximo e a caridade, sem os quais não há verdadeira justiça.”

Por Moacir Wilson De Sá Ferreira

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Lei de Igualdade

“É lei da Natureza a desigualdade das condições sociais?

Não; é obra do homem e não de Deus.”

(O Livro dos Espíritos, questão 806)

Seguimos destacando as principais ideias das perguntas e respostas que formam a “Parte Terceira”, de o Livro dos Espíritos, intitulada “Das leis morais”.

Nos posts anteriores destacamos as Leis de Adoração, do Trabalho, da Reprodução, de Conservação, de Destruição, de Sociedade e de Progresso.

O benfeitor espiritual Emmanuel afirma que “a igualdade, sem dúvida, é a realidade nas raízes da existência. Todos os seres possuem direitos idênticos de acesso à elevação, sob qualquer prisma (…)”

Vamos à Lei de Igualdade:

– “Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos Seus olhos, são iguais.”

– “Deus criou iguais todos os Espíritos, mas cada um deles vive há mais ou menos tempo, e, conseguintemente, tem feito maior ou menor soma de aquisições.”

– “Deus, portanto, não criou faculdades desiguais; permitiu, porém, que os Espíritos em graus diversos de desenvolvimento estivessem em contato, para que os mais adiantados pudessem auxiliar o progresso dos mais atrasados e também para que os homens, necessitando uns dos outros, compreendessem a lei de caridade que os deve unir.”

– “Só o Espírito é mais ou menos puro e isso não depende da posição social.”

– “Em tudo existe o equilíbrio; o homem é quem o perturba.”

– “Os homens se entenderão quando praticarem a lei de justiça.”

No próximo artigo vamos conhecer um pouco mais sobre a  “Lei de Liberdade”.

Por Moacir Wilson De Sá Ferreira

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Veja o artigo anterior – Lei do Progresso

Veja o próximo artigo – Lei da Liberdade

Lei de Conservação

“É lei da Natureza o instinto de conservação?

Sem dúvida. Todos os seres vivos o possuem, qualquer que seja o grau de sua inteligência. Nuns, é puramente maquinal, raciocinado em outros.”

(O Livro dos Espíritos, questão 702)

Seguimos destacando as principais ideias das perguntas e respostas que formam a “Parte Terceira”, de o Livro dos Espíritos, intitulada “Das leis morais”.

Nos posts anteriores destacamos as Leis de Adoração, do Trabalho e da Reprodução.

Vamos à Lei de Conservação:

– “Todos têm que concorrer para o cumprimento dos desígnios da Providência. Por isso foi que Deus lhes deu a necessidade de viver.”

– “Não seria possível que Deus criasse para o homem a necessidade de viver sem lhe dar os meios de consegui-lo.”

– “Em verdade vos digo, imprevidente não é a Natureza, é o homem, que não sabe regrar o seu viver.”

– “Por bens da Terra se deve, pois, entender tudo de que o homem pode gozar neste mundo.”

– “Buscai e achareis: essas palavras não querem dizer que, para achar o que deseje, basta que o homem olhe para a terra, mas que lhe é preciso procurá-lo, não com indolência, e sim com ardor e perseverança.”

– “O homem que procura nos excessos de todo gênero o requinte do gozo coloca-se abaixo do animal, pois que este sabe deter-se, quando satisfeita a sua necessidade.”

– “As doenças, as enfermidades e a própria morte, que resultam do abuso, são, ao mesmo tempo, o castigo à transgressão da lei de Deus.”

– “A civilização desenvolve o senso moral e, ao mesmo tempo, o sentimento de caridade, que leva os homens a se prestarem mútuo apoio.”

– “Contra os perigos e os sofrimentos é que o instinto de conservação foi dado a todos os seres.”

No próximo artigo vamos conhecer um pouco mais sobre a “Lei de Destruição”.

Por Moacir Wilson De Sá Ferreira

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Veja o artigo anterior – Lei de Reprodução

Veja o próximo artigo – Lei da Destruição

Lei de Destruição

“Por que, ao lado dos meios de conservação, colocou a Natureza os agentes de destruição? É o remédio ao lado do mal. Já dissemos: para manter o equilíbrio e servir de contrapeso.”

(O Livro dos Espíritos, questão 731)

Seguimos destacando as principais ideias das perguntas e respostas que formam a “Parte Terceira”, de o Livro dos Espíritos, intitulada “Das leis morais”.

Nos posts anteriores destacamos as Leis de Adoração, do Trabalho, da Reprodução e de Conservação.

Vamos à Lei de Destruição:

– “Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar; porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.”

– “A parte essencial é o princípio inteligente, que não se pode destruir e se elabora nas metamorfoses diversas por que passa.”

– “Assim é que, como podeis observar, o horror à destruição cresce com o desenvolvimento intelectual e moral.”

– “O abuso jamais constituiu direito.”

– “Toda destruição que excede os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus.”

– “Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real.”

– “Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus, e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se não estiver dominado pelo egoísmo.”

– “À medida que o homem progride, menos frequente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas.”

No próximo artigo vamos conhecer um pouco mais sobre a “Lei de Sociedade”.

Por Moacir Wilson De Sá Ferreira

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