Mensagem Maurícia 010 de 1961

NÃO NOS PERTUBEMOS

          Tudo neste mundo passa… As civilizações surgem, crescem e desaparecem na voragem dos tempos, no mesmo ritmo e na razão direta do que fizerem e construírem em proveito das civilizações futuras.

          O César de todos os tempos e de todos os povos somente tem seus nomes guardados na tradição, na história e na admiração dos pósteros se suas conquistas não foram fruto exclusivo de suas vaidades doentias ou de seus desejos loucos de poder.

          O aparecimento do homem sobre a terra data mais ou menos de um milhão de anos.

          De lá para cá, a luta tem sido constante, contínua, exigindo do homem um ônus pesadíssimo em troca do progresso, Dos sumerianos, egípcios, caldeus e babilônios até os hebreus, romanos e gregos, todos nasceram, floresceram e desapareceram na decadência, mantendo sua liderança, mais ou menos longa conforme a contribuição que deram às artes, às ciências e à cultura.

          Dos seus faraós, reis, príncipes e imperadores, alguns nomes ficaram indeléveis na história, como marcos plantado no tempo, mostrando idades áureas da trajetória humana sobre a terra.

          Dos povos mais atrasados aos mais evoluídos, dos mais antigos aos mais modernos, a luta tem sido sempre o fator comum e constante, levando-os para a glória ou à desgraça.

          Luta-se pela posse da terra, luta-se pelo direito de viver. Luta-se pelo progresso. Luta-se pelo direito de se amar e adorar a Deus como e da maneira que desejamos. Luta-se contra a morte. Daí as grandes lutas, as glórias e imorredouras conquistas do homem no terreno religioso, político e social.

          O progresso das ciências, quer no campo inventivo, quer no campo do aperfeiçoamento, tem atingido alturas jamais imaginadas. Os líderes políticos pregam a paz social e o bem-estar comuns, vendo no homem apenas o conforto material e o estômago.

          Os cientistas rompem os espaços em busca de novos mundos, esquecidos de que desconhecem muito do planeta em que vivem.

          O homem aprendeu a lutar, mas ainda não aprendeu a amar. Procuramos o elixir da juventude e da felicidade, mas pouco temos feito para saciarmos a sede na Fonte da água da vida eterna.

          Temos os olhos fitos nas grandes capitais dos povos que lideram o mundo, no entanto, descuidadamente, desviamos o olhar da pequenina província da Galileia.

          Das grandes capitais do mundo político, somente temos recebido notícias alarmantes e aterradoras, tendo a dor e a morte como temas comuns. No entanto, da Galileia longínqua, tem-nos constantemente chegado aos corações aflitos, a grande Mensagem de Amor e de Paz.

         De um lado a incerteza e a dúvida angustiosas. Do outro lado a palavra de conforto e de esperança.

         De um lado, a ameaça espantosa de que poderemos ser exterminados totalmente de uma hora para outra.

         Do outro lado, a voz meiga e suave do DIVINO MESTRE JESUS, murmurando-nos baixinho ao ouvido: Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

         De um lado discussões e agressões mútuas, cada um chamando a si a propriedade exclusiva da razão e do direito. DO OUTRO LADO, Jesus serenamente nos afirmando:  -Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.

          Cruzamos os continentes em todas as direções em velocidades supersônicas. Encurtamos as distâncias, aproximando-nos fisicamente mais uns dos outros, mas nos separamos cada vez mais uns dos outros pelo coração.

          Caiu a barreira do som, mas estamos envelhecendo prematuramente, e doença circulatória, mental e desconhecida, vem-nos rondando sinistramente a vida a cada instante.

         A humanidade está desorientada. Perdeu a fé e a esperança é muito fugidia. Os responsáveis pelos destinos dos povos tateiam, em busca de soluções de emergência e temporárias, para problemas que exigem soluções definitivas. As religiões, sem base na consciência e na razão, abandonaram o homem em plena luta, deixando-o desarvorado e desorientado, numa demonstração vergonhosa e tristíssima de suas incapacidades para dirigi-lo, decretando assim a falência total.

           Do cristianismo do Cristo, resta-nos uma imagem pálida e deformada. Para onde iremos? Para muitos essa pergunta não tem resposta. Mas para outros, espíritas, cruzados do CAPITÃO MAURÍCIO, essa pergunta tem uma resposta clara, positiva, curta e serena: Marchamos para Jesus.

Nada nos acontecerá, tudo está previsto, o Plano Espiritual controla o Plano Material e este segue a rotina preestabelecida. Jesus dirige a caminhada. O roteiro é certo e o timoneiro é DIVINO. NÃO NOS PERTURBEMOS.

          Deixemos os alarmistas com os seus alarmes e os falsos salvadores, com suas fórmulas ridículas de salvação. Avancemos serenos, imperturbáveis e confiantes. JESUS jamais nos mentiu e jamais nos decepcionou.

          Em momento solene de sua passagem pela Galileia, nos informou: Não se turbem os vossos corações, confiai no PAI, também confiai em MIM.

Fim

VIII Semana Maurícia

Elaborada pelo Cruzado 1266, Ten Cel. Ruy Vidal de Araujo

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