Mensagem Maurícia 2017

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Mensagem Maurícia 2017

De autoria do Cz 7217, Cel Aer João Carlos da Silva Cardoso, coordenador de GEDs em diversas unidades em que serviu. Atualmente, segue apoiando as atividades da Cruzada em Curitiba, cidade onde se fixou após passar para a reserva.

Há exatos 17 anos vinculei-me à Cruzada dos Militares Espíritas e passamos, minha família e eu, a tomar contato com a história do sacrifício da Legião Tebana e de seu Comandante Maurício no final do século III da era cristã. Conhecemos a jornada épica da tropa de Maurício quando, convocada para a luta contra os revoltosos “Bagaudos” da Gália, chegou a Agauno (hoje São Maurício na Suíça) atravessando os Alpes pelo passo do Grande São Bernardo (Summus Penninos) vinda da Tebaida (Egito) compondo o exército do imperador romano Maximiniano. Que diante da recusa pela participação nos solenes sacrifícios aos deuses, antes da campanha, incluindo os próprios césares em exercício (Diocleciano e Maximiniano) jurando fidelidade aos mesmos, foram primeiro torturados psicologicamente
com a decapitação de um soldado a cada dez e posteriormente a morte de toda a legião que se apresentou leal à fé em Jesus Cristo e ao amor a Deus Pai,  exemplificado por Ele. Uma abadia erguida na cidade de São Maurício (Suíça) e a ele dedicada relembra aquele feito heroico.

Outro exemplo da participação daqueles militares está na tradição contada pelos antigos moradores das cidades brasileiras de Vila Velha e Vitória no Espírito Santo, quando da invasão holandesa em 1640, invocaram a proteção de São Maurício e da legião tebana na tentativa de barrar a tomada do Monte da Penha pelas tropas holandesas. Teria então ocorrido um fato extraordinário: a antiga ermida de Nossa Senhora da Penha foi vista pelos holandeses como um castelo fortificado e do alto
desciam muitos soldados a pé e a cavalo com armas reluzentes, o que fez com que os invasores retrocedessem. Desde então a tradição popular dedica à Legião  Tebana e seu comandante a proteção daquele santuário, onde hoje encontra-se o Convento da Penha em Vila Velha e em um dos seus corredores o painel “A visão dos holandeses” do pintor santista Benedito Calixto.

Este fato narrado pela tradição popular dos antigos moradores do Brasil colônia corrobora a promessa do Divino Mestre no diálogo com Helil (Henrique de Sagres) no capítulo II da obra “ Brasil, Coração do Mundo Pátria do Evangelho”, quando da preocupação do mesmo com a ação da pirataria de outros povos em terras brasileiras: “ afasta essas preocupações e receios inúteis. A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopéia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração… Sobre a sua volumosa extensão pairará constantemente o signo da minha assistência compassiva e a mão prestigiosa e potentíssima de Deus pousará sobre a terra de minha cruz, com infinita misericórdia. As potências imperialistas da Terra esbarrarão sempre nas suas claridades divinas e nas suas ciclópicas realizações. Antes de o estar ao dos homens, é ao meu coração que ela se encontra ligada para sempre”.

Recentemente (Março/2017) tivemos a notícia, através da mediunidade de Divaldo Franco, da participação do nosso patrono Maurício na organização e segurança da XIX Conferência Estadual Espírita do Paraná em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, demostrando a sua contínua e abnegada participação nas lides da Pátria do Evangelho. Todo esse conhecimento da vida dos legionários de Jesus passou a fazer parte do nosso cotidiano familiar desde o ano 2000, contribuindo com a formação cristã de nossos filhos.

Estes exemplos de dedicação, renúncia e fidelidade aos valores cristãos são os maiores legados que o nosso comandante pode nos deixar e seguindo as orientações de um Espírito protetor citado por Allan Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Capítulo XI: “ A história da cristandade fala de mártires que se  encaminhavam alegres para o suplício. Hoje, na vossa sociedade, para serdes cristãos, não se vos faz mister nem o holocausto do martírio, nem o sacrifício da vida, mas única e exclusivamente o sacrifício do vosso egoísmo, do vosso orgulho e da vossa vaidade. Triunfareis, se a caridade vos inspirar e vos sustentar a fé” estaremos seguindo o exemplo do nosso líder. Renunciar aos nossos desejos materiais a fim de que mesmo carregando as nossas cruzes possamos continuar servindo a Jesus dentro dos quartéis das Forças Armadas e auxiliares do nosso amado Brasil.

Mantendo o nosso pensamento ligado ao do Cristo e de Maurício e com o coração pacificado, oremos:

Pedimos coragem para superar as nossas fraquezas;

Pedimos força para renunciar servindo sempre;

Pedimos resignação para aceitar os momentos de transição; e

Agradecemos, Senhor, por todas as dádivas recebidas de seu divino coração aos moradores do coração do mundo.

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