A Paz de Jesus esteja com todos.
Nesta mesma hora, por todo o território nacional, os componentes da nossa Agremiação e os que ela se associa, todos, em íntimo recolhimento, sintonizam seus pensamentos, elevando-os aos Céus, num preito de comovida homenagem ao épico martírio da Legião Tebana, no ano 286.
As vibrações que fluem, intensamente, dos bravos legionários, envolvem-nos como expressão de profunda e enternecedora comunhão fraterna. Relembram aos Cruzados de terra, mar e ar, bem com as dignas cooperadoras, o esforço contínuo e paciente que devem consagrar, através da indestrutível arregimentação na Cruzada dos Militares Espíritas, em difundir e propagar, pela palavra e pelo exemplo, a consoladora doutrina, revelada pelo Espírito de Verdade e codificada por Kardec, conforme determinação do iluminado espírito de nosso Patrono, Capitão Maurício.
É significativa a diretriz do Alto, ante o desregramento que desnortea as criaturas.
Escutam-se apelos ansiosos por uma premente e imperiosa batalha em prol da espiritualização desse mundo deste mundo, porquanto se movimentam os gênios da sombra, no fundo vale humano.
Na realidade, os espiritualistas contemplam com pesar a humanidade descambar intranquila e descuidada pelo declive do vício, ao encalço dos falaciosos gôzos materiais, em detrimento da ordem moral.
Percebem contritas as consequências funestas para o universo do poder da inteligência, quando age sem Deus e às vezes negando-o, sempre no afã de desviar os homens dos elevados objetivos da vida espiritual.
Conhecem a potência destruidora dos modernos engenhos de guerra, em permanente ameaça sobre as populações, se não houver a força controladora da moral evangélica, iluminando os povos.
O rosário de infindáveis desacertos desenrola-se aos nossos olhos perplexos, fazendo pulsar os corações penalizados por essa desorientada conduta humana.
A perspectiva de melhores dias se desvanece no horizonte longínquo, quando sentimos a dolorosa existência de nossos irmãos menos favorecidos do bem, resultante da ausência de um profundo sentimento de justiça e de caridade, que não permite estabelecer-se a real felicidade social, enfim a paz entre os homens. Compreendemos, então, que são justos e caridosos os elevados anseios dos espiritualistas, quando clamam por uma solução do cruciante problema.
A humanidade ainda não se convenceu de têm sido infrutíferas e mesmo calamitosas as teorias materialistas para resolver o delicado e importantíssimo problema social. Mas, agora, ou num amanhã concluirá pela inutilidade em tentar repelir a única e verdadeira solução, que há vinte séculos com simplicidade e muito amor, o Iluminado Mestre recomendou como meio infalível de conquistar-se a própria felicidade: Sede perfeito como é perfeito vosso Pai celestial. Advertiu, ainda, que é fator indispensável para a solução do problema, a conduta individual, porque será dado a cada um segundo suas obras.
Desejos, esperanças e bons propósitos, enfim, tudo que conclame ao trabalho de antepor um dique à onda subversiva contra as leis de Deus, não se concretizará pela interferência de rituais, mímicas ou quaisquer exterioridades, que pretendam milagrosamente extirpar as imperfeições humanas. Verdadeiramente, surgirão barreiras á impetuosa vaga se persistirmos, com intrepidez a abnegação, na árdua luta da reforma interior, cujo alvo é, cada um, conquistar sua própria perfeição espiritual. São estas as constantes advertências dos iluminados espíritos do Além, concitando-nos à difícil e incessante pugna, e
aconselhando-nos, ser imprescindível, seguir como roteiro os ensinos do Excelso Nazareno e como bússola as leis que regem o mundo dos espíritos. Para concorrer na elevada tarefa do progresso espiritual, torna-se necessário, antes de mais nada, que se combate e se persuada a si mesmo, antes de pretender persuadir os outros; e, neste esforço próprio, alcançar o momento de ser <tocado no coração> pela amorosa advertência do Mestre dos Mestres: <Se sabeis estas coisas, bem aventurados sois se as praticardes>.
Do mesmo modo que os militares suportam e executam para tornarem-se dignos soldados da Pátria, façamos por nos transformar em soldados humildes do Cristo, que assim, talvez, possamos prestar profícua e decidida colaboração aos <Missionários da Luz> na grandiosa obra da evolução espiritual de todos, e consequente magnitude do Brasil, <Coração do Mundo e Pátria do Evangelho>.
Quando nos faltar o bom ânimo e a perfeita compreensão, aos termos de enfrentar qualquer dilema, relembremos a epopeia inscrita, nas páginas da história do mundo, pelos militares cristãos, cujos feitos hoje reverenciamos, e onde encontraremos os mais nobres exemplos de espírito de sacrifício, que poderão esclarecer-nos como trilhar os ásperos caminhos da vida de soldado, em harmonia com o que a Deus é devido.
As mensagens mediúnicas que animam, elucidam e orientam, nas sendas da fé, da justiça e da caridade, por seu turno, são luzes de esperança e de lenitivo aos corações conturbados, projetando suave claridade nos instantes sombrios da existência, como e, na oportunidade, a prece de Jesus, divulgada pelo cronista do Além:
<Neste instante supremo, Pai, não rogo pelo mundo, que é obra tua e cuja perfeição se verificará algum dia, porque esta nos teus desígnios insondáveis; mas peço-te particularmente pelos que me confiaste, tendo em vista o esforço a que os obrigará p Evangelho, que fica no mundo sobre os seus ombros generosos. Eu já não sou da Terra; Mas rogo-te que os meus discípulos amados sejam unidos uns aos outros, como eu sou um contigo! Dei-lhes atua palavra para o trabalho santo da redenção das criaturas; que, pois, eles compreendam que, nessa tarefa grandiosa, o maior testemunho é o de nosso próprio sacrifício pela tua causa, compreendendo que estão neste mundo, sem pertencerem às suas ilusórias convenções, por pertencerem só a ti, de cujo amor viemos regressar à tua magnanimidade e sabedoria, quando houvermos edificado o bom trabalho e vencido na luta proveitosa… Protege-os a todos, Pai! Que todos recebam a tua bênção, abrindo seus corações às claridades renovadoras… >
E que assim seja.
Mensagem elaborada pelo Cel. Carlos Gambús – Presidente da Quinta Capitania e do Núcleo de Curitiba.
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