Mensagem Maurícia 031 de 1982

     Irmãos cruzados
     Os espíritos. Através da reencarnação, tem a oportunidade de recapitular experiências, aprender a amar, resgatar as faltas cometidas e ganhar novos conhecimentos, evoluindo no rumo da perfeição.
     Quis a sabedoria divina, que as sucessivas experiências de vida levassem os espíritos a integrar-se em comunidades afins. Assim, as famílias espirituais vão sendo constituídas ao longo das existências sucessivas dos espíritos.
     A Cruzada dos Militares Espíritas é uma dessas famílias espirituais. Aqui se reúnem irmãos com um mesmo passado de lutas em trabalho comum de regeneração. A missão da Cruzada indica, claramente, qual a tarefa regeneradora da presente vivência comum. O compromisso de todos nós, Cruzados de Maurício, é com a difusão do Espiritismo Cristão no seio das Forças Armadas de nosso país. A importância desta missão é muito grande e se reveste da maior atualidade.
     Dentro dos planos da espiritualidade superior, de centralizar no Brasil a difusão mundial da doutrina espírita, a evangelização das Forças Armadas se reveste de importância crucial. A paz de nossa pátria depende muito da justeza e serenidade de ação delas. Com a difusão da Doutrina e do Evangelho estaremos contribuindo para a formação dos homens que se responsabilizam por sua condução. Não é, pois, sem motivo, que a Cruzada se expande e obtém êxitos na disseminação dos ensinamentos da doutrina de Kardec.
     Devemos procurar as virtudes do cristo. O seu exemplo deve inspirar-nos as ações dentro e fora de nossos Núcleos e de nossas Organizações Militares. Somos, enquanto Cruzados, testemunhas de nossa crença junto aos corações de nossos companheiros de jornada. É importante que meditemos sobre o que temos testemunhado.
     Para os cristãos primitivos o testemunho, muita vez, era deixar-se imolar nos circos pela fidelidade ao Cristo. A Legião Tebana de nosso Patrono, Capitão Maurício, deu seu testemunho aceitando, sem lutas, o sacrifício das vidas de seus componentes pela afirmação do Evangelho.
     Hoje em dia não há mais a perseguição dos cristãos, nem o Evangelho é uma doutrina desconhecida. Por outro lado, o testemunho através de nossos atos: nos Núcleos, nas atividades profissionais, nos lares, onde estivermos. O esforço na renovação moral, as palavras de serenidade e gentileza, as atitudes de fraternidade e lealdade e, acima de tudo, de caridade, devem constituir nossas características. A vela acesa de ser posta, consoante o ensinamento evangélico, sobre o velador, para que ilumine a todos que dela se aproximem.
     Contamos com a proteção da falange de espíritos liderada por nosso Patrono. O apoio para nossa missão não nos falta. Tenhamos fé na ajuda divina para nossa obra e, nos momentos de dificuldades e dúvidas, recorramos a essa falange benfeitora.
     Lembremo-nos de que a fé é uma virtude facilmente assimilável pelo militar, afeito à disciplina e à confiança em seus superiores. O Evangelho nos legou como exemplo de fé as palavras de um centurião romano. Este, ao solicitar que Jesus curasse a distancia o seu servo, disse saber do poder de comando do Mestre sobre as Legiões do Bem e que a ordem d´Ele seria cumprida pelos espíritos curadores sem a necessidade de sua presença. Jesus reconheceu nele um potencial de fé que não vira entre os judeus.
     No dia de hoje, em que reverenciamos nosso Patrono, meditemos sobre nossas responsabilidades para com essa obra, inspirada pelo plano espiritual. Façamos os nossos votos de dedicar-lhe à multiplicação de nossos esforços. Estejamos certos de que a Cruzada não é obra puramente humana.
     Procuremos sintonizar com o plano espiritual, para melhor colaborarmos com as ações planejadas do Alto. Estejamos certos de que, ao assim fazermos, estaremos saldando débitos do passado e construindo um futuro de maior felicidade para nossos próprios espíritos.
     Que Jesus nos abençoe, agora e sempre.

XXIX Semana Maurícia
Elaborada pelo Cruzado, Dr. Ysmar Vianna e Silva Filho

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