Mensagem Maurícia 029 de 1980.

    É com a alma cheia de júbilo que nos reunimos mais uma vez, a convite e sob a égide de nosso comandante, Capitão Maurício. E o banquete divino já se delineia, através do pão que ela fartamente distribui, nas bênçãos dos Núcleos da nossa cruzada.
     O momento é de júbilo e de alerta.
     Júbilo pelo que estamos recebendo: júbilo pelo que já podemos distribuir sob o seu comando, pela paz e o amor que se irradiam do movimento da Cruzada sob a inspiração na Terra do Cruzeiro.
     E um grande ALERTA: ouvimo-lo como um toque, de inicio distante, mas que, rapidamente, soa aos nossos ouvidos cada vez mais fortes: AO TRABALHO! …
     – ¨Eis que vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão, e ajunta para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa ambos se regozije.
     Cabem-nos, irmãos Cruzados, entender e atender a este alerta. Estendamos nossas mãos, entreguemos nossos corações e sentidos ao grande trabalho da ceifa, onde a semeadura de Maurício nos proporciona já tanta alegria. E com fé renovada, ajudemo-lo também e anda semear.
     Olhemos as terras… quão grande é a seara…
     É nosso dever trabalhar nas terras cansadas dos velhos desamparados, cujas mãos rugosas erguem-se aos céus em tão grande desalento. Ao pousarem sobre nós os olhos tristes, quantas mágoas deixam perceber, dizendo-nos:
     – ¨Auxiliem-nos a ter dignidade… ¨
     É nosso dever trabalhar nas terras bravas dos jovens desorientados, joguetes flagrantes das trevas nos vícios em que estão mergulhados. E em seus olhos parados, sem vida, sem calor, os lampejos fugidios de seus espíritos eternos, dizendo-nos:
     – ¨Auxiliem-nos a ter dignidade…¨
     É nosso dever trabalhar nas terras férteis, mas improdutivas, dos que tem fechado o coração aos apelos do Bem, mas que, quais ovelhas de outros apriscos, convêm a Jesus agregar ao seu e as quais, nos momentos da dor que sempre chega, na convocação obrigatória destes finais de tempo, curvam-se, dizendo-nos:
     – ¨Auxiliem-nos a ter dignidade… ¨
     É nosso dever, principalmente, trabalhar nas terras do Futuro, os corações das crianças do Brasil. Desvalidas, abandonadas, massacradas e famintas nos exigem:
     – ¨Auxiliem-nos a ter dignidade… ¨
     Cada vez mais coesos, juntemos nossos batalhões aos contingentes celestes, prontos que estão a nos orientar e conduzir.
     Sejamos dignos de nosso Patrono, trabalhando para que todos tenham dignidade neste final de ciclo; e com as armas da Fé, Coragem e Perseverança, com o Poder de Deus e sob augustos olhos de Jesus, marchemos ao encontro do objetivo.
     Ao trabalho, pois!

XXVII Semana Maurícia
Elaborada pelo Cruzado Emir Corrêa da Silva

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